Nos séculos XX e XXI as segundas e terceiras gerações da emigração húngara residem principalmente no Brasil e na Argentina. Os membros dessa diáspora se destacam em campos variados como o jornalismo, a tradução (Cora Rónai) e a política. Mariana Bíró, filha do inventor László Bíró, é fundadora da Escola Argentina de Inventores. Destaca-se ainda a expedição Atacama cujos participantes realizam pesquisas desde 2014 na zona de Ojos del Salado onde examinam os efeitos do aquecimento global.

Mariana Biró (1932-) Filha de Ladislao Biró (nome húngaro László Biró). Fundadora e atual representante legal do famoso jardim de infância e escola primária, a Escuela del Sol, em Buenos Aires, fundou igualmente a Escuela Argentina de Inventores. No momento está em elaboração um filme sobre a vida da família Biró. (Argentina)

Juan Carlos Wasmosy (1938-) Descendente da família húngara Vámosy. Estudou para ser engenheiro civil. Nos anos 1970 desenhou a represa de Itaipu na fronteira do Paraguai e Brasil com o que chegou a ser um dos empresários mais ricos do Paraguai. Entre 1993 e 1998 foi o primeiro presidente livremente eleito do Paraguai. A última ocasião na qual se realizou  encontro bilateral entre os presidentes do Paraguai e da Hungria ocorreu durante sua presidência. (Paraguai)

Iván Nagy (1943-2014) bailarino clássico. Estudou na Hungria no Instituto Nacional de Balé. Seus mestres foram Irén Bartos e Olga Lepesinskaja. Em 1965 foi o terceiro lugar na competição de balé internacional de Varna. A partir daí foi convidado para o Balé de Washington. Sua carreira profissional foi incomparável. Dançou no New York City Ballet, no American Ballet Theatre e como parceiro das bailarinas mais prestigiosas do mundo. Após ter-se retirado do balé, trabalhou como coreógrafo no Australia Ballet e, mais tarde, tornou-se diretor artístico do Ballet Urbana de Santiago do Chile. (Chile)

Antonio Horvath Kiss (1950-) senador. Nasceu em Santiago e tem ancestrais húngaros. Durante seus estudos universitários formou-se em artes plásticas e engenharia. Em 2003 ingressou no partido Renovación Nacional. A partir de 1990 desempenhou papel ativo na vida política. Foi deputado e senador. Em 2009, foi eleito senador na Coalición por el Cambio. (Chile)

Cora Rónai (1953-) jornalista, filha do tradutor húngaro Pál Rónai. Iniciou sua carreira jornalística no Brasil. Foi repórter de vários jornais famosos. Mais tarde traduziu livros e preparou adaptações para crianças. Ganhou vários prêmios de jornalismo e tradução e, em 2001, iniciou um blog. (Brasil)

Nelson Ascher (1958-) tradutor, jornalista, poeta. Descende de família judia que emigrou primeiro para Israel e depois para o Brasil. Nelson cresceu no Brasil. Queria ser escritor desde sua infância. Após estudar medicina, graduou-se em administração de empresas. Obteve um mestrado em comunicação. Faz reportagens para famosos jornais brasileiros, traduz obras e escreve poemas. (Brasil)

Cássia Kiss (1958-) atriz. Seu pai, José Kiss, é de ascendência húngara, no entanto, a atriz nasceu no Brasil. Apresentou-se em vários filmes, e obteve seus maiores êxitos nos filmes Bicho de Sete Cabeças, 2000, e Meu Nome Não É Johnny, 2008. É mãe de quatro filhos. (Brasil)

Paulo Schiller (1958-) pediatra, tradutor. Seus pais eram húngaros que emigraram para o Brasil em 1948. Publicou um livro sobre psicanálise e traduziu literatura húngara para o português (as novelas de Sándor Márai, György Dragomán, Péter Esterházy, Imre Kertész, Ferenc Molnár, Antal Szerb, Gyula Krúdy). (Brasil)

Daniel Farcas Guendelman (1963-) político, deputado. Graduou-se na Universidade do Chile como funcionário público e analista político. A partir de 1987 tornou-se militante da organização política Partido por la Democracia. Atualmente é deputado pelo Distrito N° 17 no Parlamento. (Chile)

Sandra Kogut (1965-) diretora de cinema de ascendência húngara. Viveu mais de 10 anos na França e, em 2009, domiciliou-se nos Estados Unidos. Estudou filosofia no Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira cinematográfica em 1984. Seus avós fugiram para o Brasil do Holocausto. Aua história a inspirou e assim realizou o filme “Um passaporte húngaro.” (Brasil)

Leonardo Farkas Klein (1967-) empresário. Proprietário das minas de ferro de Santa Fe e Santa Barbara. Tem ascendência húngara e vive como um “excêntrico milionário”. Em 2010 iniciou uma coleta para apoiar as famílias dos mineiros presos em uma mina em colapso. Com sua esposa passou a lua de mel em Budapeste. (Chile)

Adriane Galisteu (1973-) atriz, locutora, modelo. Tem ascendentes húngaros. Tornou-se famosa quando seu namorado, o piloto campeão de Fórmula 1 Ayrton Senna, sofreu um acidente mortal. Sobre o acidente e as angústias do luto escreveu um livro em homenagem a seu parceiro defunto que foi também publicado em húngaro com o título “Meu amor, Senna.” (Brasil)

Bálint Urbán (1984-) graduou-se em estética e filologia portuguesa na faculdade de Humanidades da Universidade Eötvös Loránd. Estudou literatura portuguesa em Faro na Universidade do Algarve. Foi coeditor da revista “Szubmagazin” e depois assumiu o cargo de coeditor do portal cultural szub.hu. Tornou-se diretor da seção musical. Escreveu críticas de música e fez pesquisas nas seguintes áreas: prosa portuguesa contemporânea, a teoria queer, as culturas underground e a relação entre música popular e moda. Desde 2017 é diretor da seção húngara na Universidade Federal do Ceará em Fortaleza. (Brasil)

Zsuzsánna Haynalné Kesserű (1938-) atualmente é uma das principais figuras da comunidade húngara na Argentina. Fundou o Clube de Amantes de Livros (Könyvbarátok Klubja) em 1976, que continua funcionando hoje em dia. Também é diretora da biblioteca onde recebe os leitores uma vez por semana. Na primavera de 2005 reiniciou o Diário Húngaro da Argentina (Argentín Magyar Hírlap) no qual são publicados artigos nos dois idiomas, húngaro e espanhol. Ela é editora e redatora principal do diário que é acessível também on-line. (Argentina)

György Jónás (?-?) diretor de cinema. Dirigiu documentários e filmes pedagógicos. Seu primeiro filme foi “A Compadecida” (1969). György Jónás entrou para a história principalmente por seu trabalho de laboratório. As cores e a fotografia de seus filmes eram singulares. Fundou a empresa Laboratório Plychrom (Líder) que se especializou em trabalhos de laboratório relacionados aos filmes coloridos. (Brasil)